Especialistas revelam a verdadeira causa da doença de Bolsonaro, e porque ele não tem previsão d… Ver mais

Após 13 dias internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda enfrenta uma recuperação difícil e mais demorada do que o previsto. A cirurgia abdominal de alta complexidade pela qual passou desencadeou uma série de complicações, colocando a equipe médica em alerta permanente.

Embora os boletins médicos indiquem quadro estável, o cenário inspira cuidados redobrados: Bolsonaro segue em jejum oral, com sonda gástrica e sem previsão de alta.

Íleo Paralítico: O Desafio Pós-Cirúrgico Que Atrasou a Recuperação

A principal preocupação no momento é um quadro de íleo paralítico, uma disfunção temporária do intestino que impede o movimento normal dos resíduos pelo trato digestivo. Esse problema é relativamente comum após cirurgias abdominais, mas geralmente se resolve em até sete dias.

No caso de Bolsonaro, no entanto, o intestino ainda não retomou suas funções quase duas semanas após o procedimento. Isso exigiu a instalação de uma sonda para remover líquidos e resíduos, evitando o risco de complicações graves como infecções e distensão abdominal.

Tomografia Aponta Inflamação e Aderências Internas

Exames recentes de imagem, incluindo uma tomografia, revelaram sinais de edema intestinal, aderências cirúrgicas e inflamações — elementos que dificultam a recuperação. Apesar disso, os médicos descartaram, por enquanto, a necessidade de uma nova cirurgia.

O quadro é considerado dentro do esperado, embora a evolução seja lenta. A pressão arterial do ex-presidente, que chegou a oscilar nos primeiros dias, está atualmente sob controle.

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Medidas de Suporte e Cuidados Intensivos

A equipe médica segue adotando diversas estratégias para estabilizar o quadro: sessões diárias de fisioterapia motora, suspensão da nutrição parenteral e controle rigoroso de exames laboratoriais. Um ponto de atenção são as alterações nos exames do fígado, que estão sendo monitoradas com cuidado para evitar complicações adicionais.

Também foram implementadas ações para prevenir trombose venosa, um risco frequente em pacientes com mobilidade reduzida e internações prolongadas.

Sem Previsão de Alta: Quadro Intestinal Define Próximos Passos

Até o momento, não há previsão de alta da UTI, e as visitas continuam restritas. A recuperação do trânsito intestinal é vista como determinante para o próximo estágio do tratamento: a retirada da sonda, a retomada da alimentação e a possível transferência para uma unidade de menor complexidade.

Histórico Cirúrgico Complica Recuperação

Desde o atentado à faca em 2018, Bolsonaro passou por diversas cirurgias abdominais, o que aumentou o risco de aderências intestinais e inflamações. Esse histórico torna cada nova intervenção mais complexa e prolonga o tempo de recuperação.

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